Golpe na venda de abadás: Polícia Civil investiga esquema de estelionato em Maceió

07/03/2025 16:12 | Texto de:


Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução



A Polícia Civil de Alagoas abriu um inquérito para apurar um golpe envolvendo a venda de abadás de blocos de Carnaval em Maceió. Até o momento, mais de 20 boletins de ocorrência foram registrados contra uma promotora de eventos, que agora está sob investigação. Os delegados João Marcello e Igor Diego foram designados para conduzir o caso.

As primeiras informações indicam que as vítimas que denunciaram o esquema são da capital alagoana, mas há indícios de que o golpe também possa ter atingido consumidores de Recife (PE) e Salvador (BA), onde a suspeita comercializava ingressos para eventos. O delegado Igor Diego explicou que, para a polícia considerar a denúncia formalmente, é necessário que a vítima registre um boletim de ocorrência na delegacia, já que publicações em redes sociais não são contabilizadas como prova.

As investigações apontam que a suspeita oferecia abadás a preços mais baixos que o mercado, mas não realizava a entrega do produto. As vendas eram feitas por meio de uma máquina de cartão registrada no nome de sua sobrinha, além de uma empresa vinculada a ela. Os registros de pagamento indicam valores que variam de R$ 700 a R$ 3 mil. Segundo a polícia, só após a apuração completa será possível determinar o montante total do prejuízo e o número exato de vítimas.

O esquema veio à tona quando uma das vítimas utilizou seu perfil no Instagram para relatar a fraude. O denunciante afirmou que a promotora chegou a marcar a entrega dos abadás em sua própria residência, chamando os compradores para buscar os itens. No entanto, ao chegarem ao local, os clientes a encontraram desmaiada, supostamente após ingerir um inseticida.

O delegado João Marcello afirmou que as vítimas começarão a ser ouvidas a partir da próxima segunda-feira (10). A Polícia Civil segue investigando o caso e orienta aqueles que foram lesados a registrarem um boletim de ocorrência, a fim de viabilizar o ressarcimento dos prejuízos com base no patrimônio da suspeita.