Em meio à crise em Rio Largo, prefeito Carlos Gonçalves busca pacificação e nega carta de renúncia
07/04/2025 08:38 | Texto de:

Johnny Lucena | UP | Foto de: Reprodução

Em meio a um período de intensa pressão e turbulência política em Rio Largo, marcado por recentes escândalos, o prefeito Carlos Gonçalves se mostrou disposto a buscar a pacificação dos ânimos no município. Em uma conversa franca, CG abordou as polêmicas recentes, negando a autenticidade de uma carta de renúncia que circulou e evitando comentários diretos sobre seu ex-padrinho político, o ex-prefeito Gilberto Gonçalves.
Apesar do rompimento recente, Carlos Gonçalves demonstrou gratidão a Gilberto Gonçalves, reconhecendo seu papel em sua chegada à prefeitura. "Eu tenho muita gratidão por ele, até porque cheguei à prefeitura de Rio Largo graças a sua ajuda. Reconheço o grande trabalho que ele fez no município e sou uma pessoa grata, que cumpre os compromissos assumidos", declarou o prefeito.
Ao ser questionado sobre as prioridades de sua gestão, CG afirmou: "A minha preocupação maior é com o município de Rio Largo, que precisa crescer".
O ponto central da controvérsia reside em uma suposta carta de renúncia atribuída ao prefeito. Sobre o documento, Carlos Gonçalves foi enfático: "Ela é ideologicamente falsa, porque eu não assinei nenhuma carta desde janeiro. Ela não expressa a minha vontade, que é de fazer uma boa administração em Rio Largo".
Indagado sobre a assinatura presente na carta, o prefeito ponderou: "Pelo que pude ver, a assinatura bate com a minha anterior, mas não com a assinatura de agora".
Questionado diretamente se teria assinado a carta antes da eleição, CG evitou uma confirmação explícita, mas garantiu: "Não posso dar mais detalhes sobre isso, mas garanto que não assinei nada desde que assumi a prefeitura".
Apesar de não negar categoricamente a assinatura pré-eleitoral, Carlos Gonçalves revelou ter procurado o Ministério Público Estadual e outras instituições cerca de quinze dias antes da leitura da carta na Câmara de Vereadores. Segundo ele, o objetivo era alertar sobre a possibilidade da divulgação do documento, reiterando que sua intenção nunca foi renunciar ao cargo.
Outro ponto levantado nos bastidores é a suposta existência de uma gravação que poderia incriminar seus opositores. Sobre isso, o prefeito foi categórico: "Ela não existe da minha parte. Eu estive na casa do presidente da Câmara de Vereadores um dia antes da leitura da carta, mas não fiz nenhuma gravação. Se ela existe, a outra parte é quem fez".