Tensão na Câmara de União: divergências entre vereadores evidenciam falta de diálogo e liderança conciliadora

14/01/2025 19:35 | Texto de:


Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução



A sessão da Câmara de União, realizada na segunda-feira (13), revelou um clima de tensão entre os parlamentares, que foi além das disputas por cargos e expôs a falta de entendimento e articulação no legislativo local. A ameaça de corte salarial do presidente Dé Mototáxi, somada à resposta direta do vereador Thor Vicente, destacou a divisão e a necessidade urgente de uma liderança mais aberta ao diálogo.

Durante a reunião, o presidente Dé Mototáxi, com base no regimento interno da Casa, alertou os vereadores sobre a obrigatoriedade de participação nas comissões. Ele afirmou que ausências injustificadas poderiam resultar em severas punições, como o corte de 15% no salário de cada parlamentar faltoso.

Em uma reação contundente, o vereador Thor Vicente se posicionou contra a ameaça, declarando de forma assertiva: “Presidente, eu tô fora da comissão, pode tirar 15, 20, 30 por cento, fique com meu salário todo se quiser”. Sua manifestação foi mais do que uma simples recusa; ela reflete um posicionamento contra o que Thor considerou um método de controle autoritário, em vez de uma solução colaborativa.

O episódio revelou não apenas a insatisfação com as punições impostas, mas também a fragilidade da comunicação e da colaboração dentro da Câmara Municipal. A postura rígida do presidente, ao invés de buscar um consenso, acirra as divisões internas e prejudica o clima de cooperação, fundamental para o bom andamento das discussões legislativas.

A aplicação de punições severas, embora amparadas pelo regimento, levanta questionamentos sobre a eficácia dessa abordagem para fomentar um ambiente produtivo. Ao invés de pacificar os ânimos e fortalecer a união entre os parlamentares, a atitude autoritária de Dé Mototáxi tende a ampliar as divergências e a desmotivar a participação dos vereadores.

Com isso, o racha na Câmara de União parece se aprofundar, colocando em dúvida a capacidade de liderança do presidente, que deveria adotar uma postura mais conciliadora e voltada para o entendimento entre os membros do legislativo. O episódio deixou claro que, para superar essa crise, será necessário mais diálogo e menos imposições.