Técnicos do IML cruzam os braços e interrompem procedimentos por questão salarial
10/05/2025 14:31 | Texto de:

Johnny Lucena | UP | Foto de: Assessoria

A suspensão do pagamento de horas extras aos técnicos forenses do Instituto Médico Legal (IML) de Maceió provocou uma paralisação parcial das atividades da categoria, com impacto direto sobre procedimentos fundamentais para as investigações criminais. A informação foi confirmada pela promotora Karla Padilha, titular da 62ª Promotoria de Justiça da Capital, responsável pelo controle externo da atividade policial.
De acordo com a promotora, os técnicos estão se recusando a realizar etapas essenciais da necropsia, como a abertura, evisceração, colheita de líquidos e efusões, dissecação, separação e identificação de peças anatômicas e de amostras biológicas de cadáveres. Esses procedimentos são legalmente atribuídos à categoria pelo Anexo I da Lei Estadual nº 8.275/2020.
Diante da situação, Karla Padilha recomendou aos técnicos forenses a "retomada imediata ao exercício regular das funções", alertando para o prejuízo que a interrupção pode causar às investigações em curso e à efetividade da justiça criminal no estado.
Até o momento, não há previsão oficial para a regularização do pagamento das horas extras, e a continuidade da paralisação parcial preocupa autoridades envolvidas na persecução penal. O Ministério Público segue acompanhando o caso.