Sinteal rejeita 5% de JHC e aprova paralisações com indicativo de greve

09/04/2025 10:34 | Texto de:


Johnny Lucena | UP | Foto de: Assessoria



Em uma assembleia marcada pela expressiva participação da categoria, realizada na manhã desta terça-feira (8) no Centro Cultural do Sinteal, trabalhadoras e trabalhadores da rede municipal de educação de Maceió rejeitaram a nova proposta apresentada pela gestão do prefeito JHC. A decisão unânime culminou na definição de um calendário de paralisações para o mês de abril, com a possibilidade de deflagração de greve ao final do período.

A assembleia demonstrou a crescente mobilização da categoria ao longo do último mês. As diversas intervenções dos presentes evidenciaram a insatisfação com a proposta da prefeitura, sinalizando que, caso uma oferta mais vantajosa não seja apresentada, a tendência é de que a indignação dos servidores leve à paralisação completa das atividades na rede municipal de ensino.

O presidente do Sinteal, Izael Ribeiro, expressou a preocupação da categoria com a estratégia adotada pela gestão municipal de obrigar os trabalhadores a repor os dias parados por mobilizações aos sábados, mediante pagamento. “Não vamos aceitar esse tipo de intimidação. Nosso compromisso é com nossos estudantes, que terão os dias letivos aos quais têm direito. Mas não aceitamos que a reposição seja sempre aos sábados. É preciso organizar o calendário de reposições em diálogo, de forma democrática”, enfatizou Ribeiro.

Além da insatisfação com o reajuste proposto, considerado insuficiente para a valorização da categoria, o município apresentou uma proposta de acordo para o pagamento das progressões com descontos de até 30%, o que representa um significativo prejuízo para os trabalhadores. A vice-presidenta do Sinteal, Consuelo Correia, alertou a categoria sobre a importância de se informar detalhadamente sobre o programa e de se posicionar formalmente sobre a adesão ou não ao acordo. “Se você não se manifestar, eles entendem que você aderiu ao acordo. É preciso dizer que não quer oficialmente”, alertou Correia.