Servidores da Polícia Científica paralisam atividades por 48 horas para reivindicar melhores condições de carreira

11/12/2024 18:42 | Texto de:


Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução



A partir desta quinta-feira (12), os servidores da Polícia Científica de Alagoas interromperão suas atividades por 48 horas em protesto contra a falta de avanços nas negociações com o Governo do Estado. O principal ponto de insatisfação é a incorporação da Bolsa Qualificação à classe inicial dos cargos e a correção dos percentuais de progressão entre as classes da carreira, equiparando as condições às de outras categorias da Secretaria de Segurança Pública.

Durante a paralisação, os profissionais estarão concentrados em frente ao Instituto de Criminalística, no Centro, e ao Instituto Médico Legal (IML), no Tabuleiro do Martins, a partir das 7h. Apenas 30% das atividades dos Institutos de Criminalística, Médico Legal e de Identificação serão mantidas, como prevê a legislação. Esses órgãos desempenham funções cruciais, como análise de cenas de crime, identificação de cadáveres e emissão de carteiras de identidade.

A decisão de paralisar foi tomada em assembleia realizada no dia 5 de outubro, refletindo a frustração com a morosidade do governo em apresentar uma proposta definitiva. Segundo Ana Paula Cavalcante, diretora do Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas, o processo de incorporação da Bolsa Qualificação está em tramitação desde 2023 e já passou por vários órgãos, mas continua sem resposta concreta. "Com o recesso legislativo se aproximando, queremos uma definição urgente sobre o pleito dos servidores", afirmou.

Contexto das reivindicaçõesA Bolsa Qualificação foi criada em acordos anteriores como um reajuste provisório até sua aprovação definitiva pelo governador Paulo Dantas. O prazo para sua extinção está previsto para fevereiro de 2025, e caso não seja incorporada, os servidores enfrentarão uma redução salarial, agravando a situação de uma categoria que, segundo o sindicato, não recebe ganho real há uma década.

Os servidores já haviam protestado em setembro, quando se reuniram em frente ao Palácio Marechal Floriano Peixoto, em Maceió. Na ocasião, representantes do grupo foram recebidos pela Secretaria de Planejamento, Gestão e Patrimônio, que prometeu uma reunião com o Comitê de Negociação Sindical. No entanto, as negociações não avançaram.

Com a paralisação, os servidores esperam pressionar o governo a atender as demandas e evitar novos protestos, buscando um desfecho positivo antes do recesso legislativo.