SEDUC entra em desespero: IDEB de Alagoas será rebaixado com greve dos professores; profissionais acusam Paulo Dantas

24/08/2023 11:02 | Texto de:


SEDUC | Foto de: Reprodução



A Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) de Alagoas encontra-se em um estado de apreensão à medida que os professores do estado entram em greve em busca de melhores condições de trabalho e remuneração. Essa paralisação vem em um momento delicado, pois há receios de que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do estado seja rebaixado devido à interrupção das aulas e ao impacto negativo que isso pode ter sobre o desempenho dos estudantes.

O IDEB é uma importante métrica utilizada para avaliar a qualidade do ensino nas escolas públicas do Brasil. Ele leva em consideração os resultados das avaliações de português e matemática, além da taxa de aprovação dos estudantes. A meta é que o IDEB aumente a cada avaliação, refletindo melhorias no sistema educacional.

A greve dos professores, levantou preocupações sobre como essa paralisação afetará o aprendizado dos alunos e, por consequência, os resultados no IDEB. Os docentes argumentam que a greve é uma resposta à falta de valorização da classe.

Recentemente o governador Paulo Dantas, encaminhou à Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas (ALE) uma proposta de reajuste salarial que sugere um aumento de 3% a partir de setembro de 2023, com um acréscimo adicional de 2,79% programado para janeiro de 2024.

A proposta visa a inclusão do percentual no piso nacional da educação, aumentando-o em 14,95% ao longo de 2023. Importante ressaltar que todos os profissionais da educação devem ser contemplados por esse aumento, independentemente de níveis ou cargos.

Durante a reunião realizada na segunda-feira, o sentimento de indignação entre os membros do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) foi tão forte que chegou a ser proposto o início imediato da greve. No entanto, a maioria dos presentes optou por cumprir as demandas legislativas e oficializar o início da greve a partir do dia 24 de agosto.

As tentativas de reajuste salarial tiveram início já no mês de janeiro deste ano. Os servidores da educação, representados pelo Sinteal, têm enfatizado que essa luta não se trata apenas de melhores condições salariais, mas também da valorização da categoria e da promoção de um diálogo mais efetivo com a comunidade escolar.