Renan Filho critica recuo do Governo em debate sobre Pix e defende combate às Fake News

17/01/2025 15:24 | Texto de:


Johny Lucena | UP | Foto de: Reprodução



Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro dos Transportes, Renan Filho, apontou como um erro estratégico do governo federal a decisão de recuar diante das críticas e pressões da oposição após a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento de transações realizadas via Pix. Segundo o ministro, o governo deveria ter enfrentado a polêmica com uma postura mais firme, apoiando-se na comunicação e no combate à desinformação.

Renan Filho destacou que a ausência de uma campanha informativa por parte do Ministério da Fazenda, liderado por Fernando Haddad, contribuiu para que notícias falsas ganhassem espaço. "Acho que o governo deveria ter insistido, porque estava do lado da verdade. Recuar significa utilizar uma arma desproporcional para encerrar o debate", afirmou.

O ministro reforçou a importância da comunicação eficiente para superar resistências e desmentir informações enganosas, citando como exemplo um vídeo gravado pelo deputado Nikolas Ferreira, que, segundo Renan, disseminava conteúdo falso sobre o tema. "O vídeo que o Nikolas gravou é mentiroso. Tem que ser combatido por alguém do tamanho do ministro Fernando Haddad", argumentou.

Para Renan Filho, o recuo do governo deu a impressão de que não havia necessidade de esclarecer a questão para a sociedade, o que enfraqueceu a posição do Executivo no debate. "Na política, sempre se tem que perseverar na discussão e convencer as pessoas, sobretudo quando você está com o argumento certo", concluiu.

A norma revogada previa um monitoramento mais rigoroso de movimentações financeiras realizadas via Pix, o que gerou intensos debates sobre privacidade e segurança. O recuo ocorreu em meio à pressão da oposição e ao aumento de rumores e desinformações sobre o tema. A crítica de Renan Filho abre espaço para reflexões sobre como o governo pode melhorar suas estratégias de comunicação e enfrentamento político diante de controvérsias futuras.