Profissionais da educação em Maceió rejeitam proposta de reajuste e intensificam protestos

12/03/2025 13:57 | Texto de:


Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução



O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) organizou nesta terça-feira (11) uma assembleia com os trabalhadores da educação municipal de Maceió, onde, por unanimidade, a proposta de reajuste salarial apresentada pela Prefeitura foi rejeitada. A gestão municipal ofereceu um aumento de 4%, dividido em duas parcelas: 2% em abril e 2% em outubro de 2025, o que gerou insatisfação entre a categoria. Os profissionais da educação reivindicam um reajuste de 13,6%, mas a Prefeitura sugeriu apenas 5%, com implementação prevista para 2026.

Izael Ribeiro, presidente do Sinteal, destacou que a luta não se limita apenas ao reajuste salarial, mas também busca mudanças estruturais e maior valorização dos profissionais da educação. "A nossa proposta de 13,6% permanece. A Prefeitura precisa reconhecer o trabalho dos profissionais da educação de Maceió, oferecendo salários justos e melhores condições de trabalho. Não se trata apenas de aumento financeiro, mas de uma luta por uma educação de qualidade na nossa cidade", afirmou Ribeiro.

Após a assembleia, os educadores realizaram uma manifestação no Centro de Convenções, onde acontecia a jornada pedagógica da rede municipal de ensino. Munidos de bandeiras, faixas e cartazes, os manifestantes exibiram mensagens como “Receber abaixo do piso não é massa”, “JHC, queremos mais creches e mais escolas” e “Educação básica é responsabilidade do município”. A mobilização contou com a adesão de diversos profissionais, que expressaram sua indignação com a gestão educacional da capital alagoana.

O protesto seguiu para o Teatro Gustavo Leite, onde o grupo realizou um ato silencioso, percorrendo o espaço com cartazes e recebendo aplausos do público presente, que se uniu à manifestação cantando e gritando palavras de ordem. O movimento, que teve início em dezembro com tratativas infrutíferas entre o Sinteal e a Prefeitura, já incluiu protestos na sede da Prefeitura e denúncias sobre as condições das escolas, tanto nas redes sociais do sindicato quanto no Ministério Público Estadual.

A campanha "JHC, a educação exige respeito" continua a ganhar força, com mobilizações nas redes sociais, publicações e protestos. Izael Ribeiro detalhou as próximas ações: "Vamos intensificar nossa presença nas mídias sociais, cobrando respostas do prefeito. Também realizaremos reuniões nas escolas e ações de carros e motos de som nos bairros. Nosso próximo protesto será na Orla de Maceió, no dia 22 de março, e culminará com uma paralisação total da rede de ensino no dia 1º de abril, seguido de um ato público no Benedito Bentes", explicou o presidente do Sinteal.

Além das mobilizações, um momento de reflexão foi promovido em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, com a leitura de um poema por Consuelo Correia, que ressaltou a importância de garantir que o Dia da Mulher seja vivido todos os dias e que a luta pela igualdade seja constante.