População de União dos Palmares lota Câmara de Vereadores em audiência pública com representantes da Verde Alagoas

20/12/2022 18:46 | Texto de:


População de União compareceu em grande número na audiência pública | Foto de: União Polêmico



A população de União dos Palmares compareceu em peso na Câmara de Vereadores, no Centro da cidade, na manhã desta terça-feira (20). O motivo foi a tão esperada audiência pública com representantes da Verde Alagoas, empresa que é a responsável pelo fornecimento de água e tratamento de esgoto no município do interior alagoano. Os representantes da ARSAL (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas) também estiveram presentes na audiência.

Os moradores da cidade lotaram o plenário José Correia Viana para cobrar explicações da empresa a respeito da decisão que ela tomou de aumentar o valor da tarifa de água e esgoto. A população alega que o abastecimento de água é precário, os deixando sem água nas torneiras muitas vezes.

Segundo o presidente da Casa, Sandro Jorge, no contrato entre o município e a empresa consta que o aumento seria aplicado em doze meses, mas a empresa já está fazendo isso com menos de cinco meses que assumiu as atividades. “Pelo que consta no contrato, seria dado o aumento com doze meses. E não está com cinco meses que a empresa Verde Alagoas aderiu o contrato”, disse o vereador.

Já o também vereador Ricardo Praxedes contou que houve uma conversa antes entre os representantes e os parlamentares, na qual foi passada uma informação que a população ainda não tinha tido acesso. “Tivemos uma pré-reunião lá em cima, onde o jurídico da ARSAL informou que as pessoas de baixa renda devem fazer o cadastro. Então, são essas coisas que nós precisamos informar a população”, explicou o parlamentar.

Para o professor Arthur, a empresa não leva em consideração a situação atual dos palmarinos, apesar deles entenderem que o aumento informado pela Verde Alagoas não é ilegal, já que a ARSAL, órgão fiscalizador, autorizou que ele fosse aplicado.

“A população entende que a taxa é legal e não ilegal, porque é a ARSAL, inclusive, que regula ela, mas ela [população] também entende que a taxa é imoral. É imoral na concepção dessa população por qual sentido? Primeiro, que isso representa um aumento real de 166,6% na conta do trabalhador e da trabalhadora palmarina”, contou o professor.

Ainda de acordo com Arthur, a empresa não apresentou nenhuma melhoria desde que começou a atuar, além de cobrar por serviços que não fornece para todos. “Tem três meses que a empresa atua, e ela não apresentou nenhuma melhoria. Não só no abastecimento de água, porque parte da população ainda continua sem. Pior que isso, eu acredito que metade da população não tem tratamento de esgoto e saneamento. Se ela não tem, então como ela paga isso? Entende?”, indagou o professor.

Confira a população de União na audiência pública: