Polícia Civil inicia investigação do saque em loja da vítima de feminicídio em Murici

16/11/2023 15:02 | Texto de:


Loja da vítima | Foto de: Reprodução



A Polícia Civil de Alagoas instaurou inquérito para apurar a denúncia de que a loja da empresária Carla Janiere da Silva Barros, de 24 anos, morta a tiros pelo marido em Murici, foi esvaziada logo após o feminicídio.

Os agentes do 116º Distrito Policial de Murici, sob o comando do delegado Mário Jorge Marinho, estiveram nesta quinta-feira (16) no estabelecimento comercial para averiguar as informações e encontraram a loja fechada.

Vizinhos do local informaram aos policiais que familiares do acusado, Jeferson Marcos Timóteo, seriam os responsáveis por levar todos os produtos e acessórios que existiam dentro da loja. Inclusive, eles utilizaram um caminhão-baú para retirar do local toda mercadoria. As investigações já iniciaram e as pessoas responsáveis poderão responder por furto e apropriação indébita.

Na última terça-feira (14), Carla Janiere foi assassinada pelo marido dentro da loja. Um vídeo gravado pela funcionária da empresária mostra o momento em que o acusado realiza uma série de ameaças à vítima.

Em um trecho do vídeo, a jovem acusa o assassino de pegar o pescoço da vítima e de ameaçá-la. Em certo momento, o criminoso ainda afirma que a jovem “está puxando o saco da patroa”, tratando ele como funcionário. A vítima ainda pede que a funcionária filme as ameaças que irá levar o vídeo ao advogado. Neste momento, o assassino – que já havia quebrado uma estrutura de madeira – olha no rosto da vítima e afirma que ela não irá precisar de advogado. “Você não vai precisar de advogado. Pode ter certeza”, demonstrando a sua intenção.

Pouco tempo depois, o acusado efetuou diversos disparos de arma de fogo contra Carla Janiere, que morreu antes de receber atendimento médico. Ele foi preso logo após o crime.

Menos de 24 horas após o feminicídio, a loja da vítima foi invadida e teve toda a mercadoria levada. Familiares de Carla Janiere alegaram que o portão foi violado e não havia mais nada dentro do estabelecimento comercial.

O caso também está sendo acompanhado pelo Ministério Público de Alagoas.