Polícia Civil do DF Realiza Operação em Maceió Contra Criminosos Ligados a Traficante Preso na Bolívia
29/03/2025 14:39 | Texto de:
Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução
Nesta sexta-feira (28), a Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou uma grande operação, denominada "Chiusura", contra uma organização criminosa de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujos membros estavam ligados a um traficante internacional preso na Bolívia desde 2023. A operação teve como alvo, entre outros locais, um apartamento de luxo no bairro Ponta Verde, em Maceió, onde residia um dos núcleos da quadrilha.
A investigação, que durou cerca de um ano e meio, revelou que o “Núcleo Nordestino” da organização operava em Maceió, mantendo vínculos com traficantes de diversas regiões do Brasil. Além dos mandados cumpridos na capital alagoana, a operação se estendeu a outras partes do país, com um total de 19 prisões e 80 mandados de busca e apreensão nas regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste. Em Maceió, a Polícia Federal colaborou com as ações, visando desarticular a rede criminosa local.
Entre os resultados da operação, destacam-se o sequestro judicial de 17 veículos e sete imóveis, incluindo uma residência de luxo em Goiás. Também foram bloqueadas dezenas de contas bancárias, incluindo de uma fintech paulista que movimentou cerca de R$ 300 milhões em três meses. A organização criminosa, conforme apuração, possuía núcleos espalhados por diversas partes do Brasil, como no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Nordeste.
Os criminosos investigados tinham forte inserção em camadas de alto poder aquisitivo. O líder do grupo no Distrito Federal, por exemplo, possuía uma propriedade rural em Planaltina dedicada à criação de gado leiteiro e recentemente se mudou para a capital catarinense. Integrantes do núcleo financeiro, em Goiás, ostentavam imóveis luxuosos e veículos de alto padrão. O núcleo nordestino, por sua vez, residia em um sofisticado apartamento em Maceió.
A operação também desvendou uma complexa rede de tráfico de drogas, em que os criminosos adquiriam entorpecentes em áreas de fronteira, garantiam o transporte seguro e distribuíam as substâncias no DF e em outros estados. A lavagem de dinheiro era realizada por meio de transações financeiras, envolvendo até mesmo familiares do traficante preso na Bolívia, que agiam como laranjas e figuravam como beneficiários de valores oriundos do tráfico.
A operação “Chiusura”, que significa “fechamento” em italiano, simboliza o encerramento das atividades ilícitas da organização, marcando um importante passo no combate ao crime organizado no Brasil.
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