Polícia Civil conclui inquérito e indicia mandante e executor pela morte de adolescente na Santa Amélia
11/02/2025 19:47 | Texto de:

Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução

A Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) concluiu o inquérito sobre a morte da adolescente Cauane Lays, de 13 anos, ocorrida no último dia 1º, no bairro Santa Amélia, em Maceió. Dois homens foram indiciados pelo homicídio, além de uma tentativa de assassinato contra um jovem de 17 anos. A investigação apontou que os acusados seriam o mandante e o executor do crime.
O primeiro indiciado é Bruno Ferreira da Silva, de 28 anos, que confessou o assassinato. Segundo ele, a ordem para cometer o crime partiu de Felipe Gabriel da Silva Soares, líder do tráfico na região, a quem ele devia R$ 7 mil por conta de uma transação de drogas. Bruno revelou que o alvo da execução era o adolescente de 17 anos, mas os disparos acabaram atingindo Cauane, que morreu no local, uma praça próxima.
Felipe Gabriel da Silva Soares, o segundo indiciado, é apontado como o autor intelectual do crime. Ele está preso no Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano. Segundo investigações, Felipe usou a dívida de Bruno como pressão para que ele cometesse o homicídio contra o jovem de 17 anos, seu desafeto. O adolescente sobrevivente declarou em depoimento que acreditava ter sido vítima de um atentado orquestrado por Felipe, motivado por uma postagem nas redes sociais em que ele fazia o sinal do Comando Vermelho (CV).
O jovem também afirmou que, após essa postagem, fez outra em que dizia que quem tivesse matado um amigo dele iria "pagar". Suspeita-se que Felipe tenha sido o responsável pela morte desse colega. Além disso, as investigações revelaram que a esposa de Felipe Gabriel foi alvo de uma tentativa de homicídio no dia seguinte ao assassinato de Cauane, o que pode estar relacionado a uma retaliação.
Felipe Gabriel, em depoimento, mencionou que acreditava que o atentado contra sua esposa foi ordenado por um líder do Comando Vermelho no Rio de Janeiro, devido à sua recusa em se filiar à facção criminosa. A polícia agora segue em busca de mais informações sobre os possíveis envolvidos e motivações para o atentado contra a esposa do mandante.