PF prende cinco pessoas em operação contra plano de golpe de Estado após as eleições de 2022

19/11/2024 09:16 | Texto de:

Johny Lucena | UP | Foto de: Reprodução

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (19) a operação "Contragolpe", que desarticulou uma organização criminosa suspeita de planejar um golpe de Estado após as eleições de 2022. O grupo pretendia impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin, além de restringir a atuação do Poder Judiciário.

Com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cinco pessoas foram presas:

General de brigada Mario Fernandes (na reserva);
Tenente-coronel Helio Ferreira Lima;
Major Rodrigo Bezerra Azevedo;
Major Rafael Martins de Oliveira – todos ligados às forças especiais do Exército, conhecidas como "kids pretos";
Wladimir Matos Soares, policial federal.

As prisões ocorreram no Rio de Janeiro, onde os militares participavam da segurança da reunião de líderes do G20.

Detalhes do planoDe acordo com a PF, o grupo elaborou um plano chamado "Punhal Verde e Amarelo", com data marcada para execução em 15 de dezembro de 2022. As ações incluíam o assassinato do então presidente eleito Lula e do vice-presidente Alckmin, além da prisão e execução de um ministro do STF, que vinha sendo monitorado.

As investigações apontam que um dos presos, além de atuar como militar, foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República em 2022 e atualmente é assessor do deputado e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

Contexto da operaçãoA operação "Contragolpe" está vinculada ao inquérito que investiga as tentativas de golpe de Estado e os atos antidemocráticos promovidos ao longo do processo eleitoral de 2022, que culminaram na invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

A PF destacou que o detalhado planejamento operacional reforça a gravidade das intenções do grupo e a necessidade de ações rápidas para preservar a democracia e o Estado de Direito. As investigações continuam em curso.