Operação Mute combate comunicação ilegal e ações de facções dentro de presídios alagoanos
20/03/2025 14:20 | Texto de:

Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução

A Polícia Penal de Alagoas deu início à Operação Mute, uma ação estratégica coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com o objetivo de desmantelar a comunicação ilegal entre detentos e o crime organizado. A operação foca na apreensão de celulares e outros dispositivos eletrônicos, além de ações de revistas e operações de inteligência, para combater a atuação de facções criminosas dentro das unidades prisionais do estado.
Atualmente, a operação está sendo realizada em três unidades prisionais de Alagoas, com a mobilização de aproximadamente 40 policiais penais. As equipes estão concentradas principalmente na Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti de Oliveira e na Penitenciária de Segurança Máxima (PSM2), ambas localizadas em Maceió. O foco da ação é interromper a comunicação clandestina dos detentos com o mundo exterior, impedindo a coordenação de atividades criminosas e a disseminação de ordens de facções.
O secretário Executivo de Gestão Penitenciária da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), Carlos Voss, destacou a relevância da operação, que já está em sua sétima fase. "A Operação Mute é uma das maiores ações realizadas para combater o crime dentro das unidades prisionais. Estamos focados na retirada de qualquer meio de comunicação ilícito dos reeducandos, além da apreensão de armas, drogas e outros materiais proibidos", afirmou Voss.
Entre os objetivos da Operação Mute estão a redução de crimes como tráfico de drogas, roubos, homicídios e extorsões, muitas vezes orquestrados de dentro dos presídios por facções criminosas. A ação também visa aumentar a segurança dentro das unidades prisionais, minimizando o risco de rebeliões e motins.
A operação tem sido considerada um avanço no fortalecimento do sistema de segurança pública de Alagoas, com a contribuição das forças de segurança federais e estaduais. Além de bloquear as comunicações ilegais, a ação tem demonstrado o empenho do Estado no controle mais rigoroso das prisões e na luta contra as organizações criminosas que ainda operam dentro das unidades.