Operação interestadual prende suspeitos de tráfico e lavagem de dinheiro em Alagoas

28/03/2025 13:19 | Texto de:

Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução

Nesta sexta-feira (28), a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Alagoas (FICCO/AL) participou do cumprimento de mandados judiciais em apoio à operação CHIUSURA, deflagrada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A ação, que visa desmantelar uma rede criminosa especializada no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, resultou em 19 prisões temporárias e 80 mandados de busca e apreensão cumpridos em diversos estados, incluindo dois mandados executados em Alagoas.

A operação revelou a existência de uma organização criminosa altamente estruturada, que operava coordenadamente no Distrito Federal, Goiás, Rondônia, Mato Grosso do Sul e em várias regiões do Nordeste. De acordo com a PCDF, o grupo adquiria grandes quantidades de drogas em áreas de fronteira, transportava os entorpecentes de forma segura e distribuía-os em diversos estados. Além disso, a organização realizava sofisticadas operações de lavagem de dinheiro, movimentando cerca de R$ 300 milhões em apenas três meses.

A investigação, que durou aproximadamente um ano e meio, identificou núcleos do crime em diferentes regiões, incluindo Maceió, onde os suspeitos foram localizados. Os envolvidos mantinham uma associação criminosa com traficantes oriundos de Goiás e um traficante internacional, natural de Campo Grande/MS, que é apontado como líder local de uma facção paulista. Esse criminoso está preso na Bolívia desde 2023, após ser capturado com granadas e uma aeronave carregada de cocaína.

Os mandados de prisão e busca foram cumpridos em diversas cidades, com destaque para Maceió, onde os suspeitos estão sendo investigados por seus vínculos com a rede criminosa. Caso condenados, eles poderão cumprir até 30 anos de prisão pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

A operação é coordenada pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) e pela Draco, com apoio da PCDF, polícias civis dos estados envolvidos e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A FICCO/AL, uma força-tarefa integrada que envolve a Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e Polícia Penal de Alagoas, também contribuiu de forma crucial para o sucesso da operação.