Operação Argus: MP denuncia 35 pessoas por fraudes fiscais que causaram prejuízo de R$ 162 milhões em AL, SP e MG
26/02/2025 18:54 | Texto de:

Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução

O Ministério Público de Alagoas (MPAL) apresentou acusações formais contra 35 indivíduos envolvidos em um esquema de fraudes fiscais que resultou em um prejuízo superior a R$ 162 milhões em três estados: Alagoas, São Paulo e Minas Gerais. Os envolvidos são acusados de crimes como falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e fraudes fiscais.
As penas solicitadas pelo MP variam de sete anos e seis meses a 58 anos e seis meses, com os líderes da organização criminosa (Orcrim) enfrentando as sanções mais severas.
A investigação, que se desdobrou ao longo de meses, contou com a colaboração de diversos órgãos públicos, incluindo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de São Paulo, a Secretaria da Fazenda de Alagoas (Sefaz), a Procuradoria-Geral de Alagoas e as Polícias Militar e Civil dos estados envolvidos. A atuação conjunta entre essas entidades foi essencial para desmantelar a rede criminosa e identificar os responsáveis pelos delitos.
O promotor Cyro Blatter, coordenador do Grupo de Atuação Especial em Defesa do Patrimônio Público (Gaesf), destacou a importância da operação na luta contra práticas ilícitas que prejudicam a economia brasileira. "A Operação Argus é um exemplo do compromisso do Ministério Público do Estado de Alagoas em combater práticas que minam a integridade do sistema econômico. Buscamos não apenas reparar os danos ao erário, mas também incentivar uma cultura de conformidade tributária e ética empresarial", afirmou Blatter.
A operação recebeu o nome "Argus" em referência ao gigante da mitologia grega que, com seus múltiplos olhos, vigiava todos ao seu redor. Essa simbologia foi escolhida para representar a vigilância atenta do MP e seus parceiros na identificação e punição dos responsáveis pelas fraudes fiscais.
O Gaesf, que é formado por membros do MPAL, da Secretaria da Fazenda de Alagoas, da Procuradoria-Geral do Estado, além das Polícias Civil e Militar, e da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social, tem se mostrado um exemplo de colaboração entre diferentes esferas do governo para o combate ao crime organizado e à corrupção.
A continuidade das investigações e ações de repressão a esses crimes é considerada essencial para a manutenção da ordem jurídica e o fortalecimento da transparência econômica no país.