O Silêncio de Renan Calheiros após rejeição na CPI da Braskem
13/03/2024 10:29 | Texto de:
Renan Calheiros | Foto de: Reprodução
Após a rejeição de seu nome para relator na CPI da Braskem, o senador Renan Calheiros adotou um silêncio ensurdecedor, deixando os observadores especulando sobre os possíveis motivos por trás de sua postura.
Dentre os aspectos a serem considerados está a reação de seus colegas parlamentares diante de seus rompantes mais agressivos. Um exemplo foi o episódio em que o senador Omar Aziz o confrontou após a acusação de "domesticação" do presidente da comissão. Esse tipo de confronto público pode ter influenciado a estratégia de Renan Calheiros.
Além disso, há o fato de que suas relações históricas com a Braskem são amplamente conhecidas no meio político, remontando aos tempos da Salgema, empresa que ele chegou a presidir. Essa conexão passada com a empresa alvo da CPI pode ter impactado sua atuação e decisões.
Outro ponto relevante é a possibilidade de a investigação respingar em seu filho, que governou Alagoas por oito anos. A inação em relação aos avisos da comunidade científica sobre os problemas enfrentados por Maceió, como afundamento do solo, pode ser um ponto delicado a ser abordado.
Além disso, a percepção de que o Planalto não o vê mais como um aliado confiável pode ter influenciado a estratégia de Renan Calheiros. Sua relação com o governo central se tornou mais distante, o que pode não ser favorável a seus interesses políticos como senador e possivelmente futuro ministro.