Mulher é dada como morta e teve o nome do pai alterado para: "Morto pelo PT"
17/04/2024 15:37 | Texto de:
Documentos | Foto de: Reprodução
Uma mulher de 36 anos em Blumenau, Santa Catarina, teve um susto ao descobrir que consta como morta no Sistema Nacional de Regulação (Sisreg), ferramenta do Ministério da Saúde. A falha no sistema, além de registrar a mulher como falecida, também incluiu alterações de cunho político em seus dados cadastrais.
O caso foi revelado pelo advogado da vítima, Telemaco Marrace, que relata que a situação foi descoberta quando ela procurou atendimento médico no último domingo (14) no Centro de Atendimento da Dengue (CAD), no bairro Itoupava Norte.
Ao invés de receber o atendimento necessário, a mulher se deparou com um registro que a indicava como morta desde 2 de novembro de 2022. Além disso, o nome do pai dela foi alterado para "Morto pelo PT", o endereço para "Eu amo Bolsonaro" e o e-mail para "[endereço de e-mail removido]".
Inconformado com a situação, o advogado solicitou a abertura de um Procedimento de Investigação Criminal pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O MPSC informou que aguarda a distribuição do caso. O Ministério da Saúde, até o momento, não se pronunciou sobre o caso.
Após a falha ser identificada, a prefeitura de Blumenau informou que os dados da mulher foram corrigidos. Em nota, a prefeitura explica que as alterações foram feitas por usuários do Sisreg em Pernambuco e Minas Gerais. A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) já solicitou providências e esclarecimentos ao Ministério da Saúde.
O advogado da mulher ressalta a gravidade da situação, questionando se outras pessoas também foram vítimas de falsificações em seus dados. "Instrumentalizaram um sistema público para manifestação política. Aconteceu só com ela ou com mais pessoas?", questiona Marrace.