Motivação do ataque contra Maria Alice é esclarecida pela SSP: disputa por tráfico de drogas e vingança familiar
22/01/2025 14:06 | Texto de:

Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução

A investigação sobre o atentado que resultou na morte de Maria Alice, de apenas 3 anos, em Maceió, revelou que o crime foi motivado por uma disputa por pontos de venda de drogas, não por facções criminosas. Os autores do ataque, dois jovens de 21 e 22 anos, estavam envolvidos em uma rixa com um parente da menina, que era o verdadeiro alvo dos disparos. Após serem expulsos do bairro Ouro Preto, onde tentavam se estabelecer, os suspeitos retornaram para se vingar e acabaram matando a criança.
Os dois homens foram mortos em um confronto com policiais militares na madrugada desta quarta-feira (22), em Coruripe, no Litoral Sul do estado, onde estavam escondidos. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) detalhou a motivação do crime durante uma coletiva de imprensa, mas não revelou o grau de parentesco entre a vítima e o verdadeiro alvo do atentado. Também foi ressaltado que a investigação não confirmou a relação entre o parente da criança e o tráfico de drogas.
De acordo com o delegado Sidney Tenório, os suspeitos haviam sido expulsos da Vila Emater, na região de Jacarecica, devido a conflitos relacionados ao tráfico de drogas. Em busca de espaço para comercializar entorpecentes, eles tentaram se estabelecer no Ouro Preto, mas também foram expulsos da área. A vingança foi a motivação para o ataque, que visava um parente da menina.
"O verdadeiro alvo do crime não estava mais no local, mas familiares da criança reconheceram um dos suspeitos como sendo o homem que estava no banco do carona do carro usado no atentado", explicou o delegado. Segundo Tenório, o parente da criança havia deixado a área ameaçando os criminosos, e, dias depois, os autores do crime retornaram para cumprir a vingança.
A SSP esclareceu que a disputa entre os suspeitos e o parente da criança não envolvia facções, mas sim uma briga territorial para o controle de pontos de tráfico. "Estamos lidando com uma rixa por pontos de venda de drogas, não com facções criminosas", afirmou o delegado.
A investigação continua, e a SSP está apurando se outras pessoas estiveram envolvidas no ataque. "O trabalho não terminou. A morte da criança foi uma fatalidade e não será tolerada pela Segurança Pública", concluiu Tenório.