Ministério Público de Alagoas Investiga Denúncia de Nepotismo e Irregularidades na Câmara Municipal de Messias

13/01/2025 14:02 | Texto de:


Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução



O Ministério Público de Alagoas recebeu uma denúncia detalhada que aponta possíveis irregularidades administrativas durante a última gestão da Câmara Municipal de Messias, presidida por Ary Cleyton de Carvalho Rêgo. O denunciante, Marcos Vinícius de Sena Rosa, solicita que o caso seja apurado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), especialmente em relação a práticas de nepotismo e falhas em contratos públicos.

A denúncia acusa Ary Cleyton, que não disputou a reeleição e finalizou seu mandato em 2024, de práticas ilegais enquanto esteve à frente da Câmara. Entre as acusações, destaca-se a nomeação de familiares para cargos públicos. Segundo o documento, o irmão de Ary, Richard Keydyr de Carvalho Rêgo, teria recebido um salário de R$ 5.800,00, enquanto seu tio, Haroldo da Costa Rêgo, teria sido remunerado com R$ 1.500,00.

Além dessas nomeações, a denúncia ainda aponta irregularidades em contratos firmados com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (IBDS). O contrato, que venceu em outubro de 2023, continuou gerando pagamentos após o fim de sua validade. Em dezembro de 2024, o IBDS recebeu um montante de R$ 110.814,01, considerado indevido pelo denunciante, uma vez que não havia mais base legal para a continuidade dos repasses.

Outro nome citado na denúncia é o da vereadora Thaysinha Peixoto, que também teria nomeado membros de sua família para cargos na administração pública. O marido de Thaysinha, Thomas Henrique Peixoto Leite, por exemplo, seria remunerado tanto como secretário de Cultura quanto no Poder Legislativo. A denúncia ainda menciona outros familiares da vereadora, como cunhados e primos, ocupando funções remuneradas na Câmara Municipal.

Diante das acusações, o denunciante pede que o GAECO conduza uma investigação aprofundada sobre as práticas de nepotismo e outros possíveis atos de improbidade administrativa. A intenção é apurar o enriquecimento ilícito e desvios de recursos públicos, com a possibilidade de suspensão dos direitos políticos dos envolvidos, além do ressarcimento dos valores aos cofres públicos.

Até o momento, os acusados não se manifestaram sobre as alegações. O Ministério Público de Alagoas deverá analisar a denúncia e, caso seja considerada fundamentada, iniciar a investigação, contando com o apoio do GAECO para apurar as supostas irregularidades.