"Marcelo Victor será afastado pelo STF", afirma Fabio Costa após reeleição na ALE
11/12/2024 18:53 | Texto de:

Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução

A reeleição de Marcelo Victor para a presidência da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) continua gerando polêmica. Nesta quarta-feira (11), o deputado federal Delegado Fabio Costa criticou duramente a decisão, classificando-a como uma afronta ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que veda reeleições consecutivas em casas legislativas. Costa anunciou a adoção de medidas judiciais para contestar o que considera um “abuso de poder”.
“Alagoas acaba de presenciar mais um absurdo. Essa reeleição, além de desrespeitar o entendimento do STF, é uma demonstração clara de quem controla o estado sem oposição. Não podemos permitir que interesses pessoais continuem sobrepondo-se aos da população alagoana”, afirmou Costa, em tom crítico.
O deputado federal também destacou que a antecipação da eleição da mesa diretora em 2020 foi uma estratégia para contornar a jurisprudência do STF. Ele argumenta que a manobra teve como objetivo garantir a continuidade no comando da ALE, contrariando decisões como a ADI 6.717/MT, que limita a uma única reeleição consecutiva os cargos das mesas diretoras.
Além das críticas à reeleição, Fabio Costa questionou a gestão de Marcelo Victor, apontando que as prioridades da Assembleia estão desalinhadas com as necessidades do estado. “Enquanto o foco está na manutenção do poder, os alagoanos enfrentam hospitais precários e uma segurança pública ineficiente. Essa gestão ignora os problemas reais da população”, disparou o deputado.
Nas redes sociais, Costa reafirmou sua posição, prometendo lutar pela intervenção do STF e pelo afastamento de Marcelo Victor. “Não podemos tolerar práticas que ferem a democracia e prejudicam os cidadãos. Já adotei as medidas necessárias para garantir que a justiça seja feita”, escreveu.
A reeleição de Marcelo Victor, que garantiu seu quarto mandato consecutivo na presidência da ALE, promete desdobramentos no âmbito jurídico e político. A questão reacende o debate sobre limites para reeleições em legislativos estaduais e sobre a necessidade de maior controle em práticas que podem ameaçar a alternância de poder.