Lula gera incerteza no PT e entre aliados ao considerar não disputar reeleição

22/01/2025 14:32 | Texto de:


Johnny Lucena | UP | Foto de: Reprodução



Na última segunda-feira (20), em uma reunião ministerial, o presidente Lula deixou aberta a possibilidade de apoiar um sucessor nas eleições de 2026. A informação, gerou inquietação na cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT) e entre aliados. O motivo principal seria a percepção de que a legenda ainda não possui um plano B consolidado, o que poderia enfraquecer a aliança de centro-esquerda liderada pelo partido.

Entre os possíveis nomes cogitados como sucessores, estão Fernando Haddad (ministro da Fazenda), Camilo Santana (ministro da Educação) e Rui Costa (ministro da Casa Civil). Contudo, uma liderança petista expressou preocupação ao afirmar que “nenhum dos três está pronto” para assumir a liderança da sigla em uma corrida presidencial.

O receio se intensifica diante da percepção de que a candidatura de Lula é crucial para garantir a união das forças de centro, mesmo que o governo tenha uma avaliação positiva. “Sem Lula na chapa, será muito difícil atrair as forças de centro, mesmo que o governo esteja bem avaliado”, afirmou um dirigente do Centrão.

Dentro do PT, há um entendimento de que os possíveis sucessores precisam fortalecer sua conexão com a população. Uma das críticas a Fernando Haddad, por exemplo, é que sua comunicação tem se focado excessivamente no mercado financeiro, em detrimento das demandas populares. “Ele deveria se dirigir mais à população e menos ao mercado”, sugeriu um dirigente petista.

Apesar das especulações sobre uma possível saída de Lula da corrida presidencial, lideranças do partido reafirmam que o presidente pretende concorrer em 2026 e que nenhum nome do PT está autorizado a se articular como alternativa.