Lideranças femininas debatem situação de famílias em acampamentos na Usina Laginha com o Iteral
07/03/2025 09:30 | Texto de:

Johnny Lucena | UP | Foto de: Reprodução

Em um encontro marcado pela união e determinação, lideranças femininas de seis movimentos sociais de luta agrária se reuniram com o presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), Jaime Silva, para debater a situação de aproximadamente 3.500 famílias que vivem em acampamentos nas áreas da massa falida da Usina Laginha, em União dos Palmares.
A principal pauta da reunião foi a ameaça de reintegração de posse, que paira sobre essas famílias e coloca em risco sua permanência no local. As representantes dos movimentos sociais expressaram profunda preocupação com o cenário atual e defenderam a necessidade de uma articulação urgente entre os governos estadual e federal para garantir o avanço da reforma agrária em Alagoas.
Além da questão da reintegração de posse, as lideranças femininas enfatizaram a importância de políticas públicas que contemplem as pequenas agricultoras, assegurando suporte para o desenvolvimento sustentável do setor agrícola. A inclusão das mulheres do campo nas decisões e ações governamentais foi apontada como fundamental para a construção de um futuro mais justo e igualitário.
A reunião com o Iteral foi um passo fundamental na organização da Marcha das Mulheres, evento marcado para ocorrer entre os dias 11 e 13 de março, em comemoração ao Mês Internacional da Mulher. A mobilização, que deve reunir aproximadamente 1.200 participantes no Centro de Maceió, tem como objetivo dar voz às mulheres do campo, destacando suas reivindicações e a necessidade de políticas públicas que promovam uma agricultura mais inclusiva e sustentável.
Entre as organizações presentes no encontro estavam a Comissão Pastoral da Terra (CPT), Frente Nacional de Lutas (FNL), Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MTL), Movimento Social de Luta (MSL), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Via do Trabalho e Terra Livre. As entidades destacaram o protagonismo das mulheres camponesas na defesa da reforma agrária e reforçaram a necessidade de assegurar os direitos das trabalhadoras rurais.