Justiça substitui prisão preventiva de suspeitos no caso Adriano de Farias por tornozeleiras eletrônicas
19/12/2024 20:32 | Texto de:

Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas, em decisão publicada nesta quarta-feira (18), decidiu substituir as prisões preventivas de dois suspeitos envolvidos no assassinato do blogueiro Adriano de Farias, ocorrido em Junqueiro, por medidas cautelares. Rejane Maria da Silva e Valdir Silva, mãe e irmão do prefeito de Junqueiro, Leandro Silva, respectivamente, passam a cumprir a medida de uso de tornozeleiras eletrônicas, além de outras restrições como o comparecimento mensal ao Juízo, proibição de sair da comarca sem autorização judicial e recolhimento domiciliar durante a noite.
A prisão preventiva dos suspeitos foi decretada em novembro, quando foram apontados como autores materiais e mandantes do crime, mas desde então ambos estavam foragidos. A decisão da Câmara Criminal do TJ foi tomada após o julgamento de um Habeas Corpus impetrado pela defesa dos acusados.
O desembargador João Luiz Azevedo Lessa, responsável pelo relatório, destacou que, embora existam elementos que indicam a necessidade de garantia da ordem pública, as condições pessoais favoráveis dos réus tornaram a medida cautelar menos gravosa do que a prisão preventiva. Lessa enfatizou ainda que a prisão provisória deve ser aplicada com cautela, sem caráter punitivo antecipado, e com base em razões concretas.
Adriano de Farias foi morto no dia 18 de junho de 2024, quando estava dirigindo seu veículo nas proximidades de sua casa. O homicídio foi executado a tiros. O inquérito da Polícia Civil de Alagoas concluiu que os responsáveis pelo crime foram Carlos Henrique Ferreira Santos e José Fabio de Lima, ambos com vínculos com a Prefeitura de Junqueiro.