Justiça libera advogado e mais três presos da operação Maligno

07/06/2024 08:35 | Texto de:


Dinheiro apreendido na operação Maligno | Foto de: Reprodução



A Justiça de Alagoas aplicou medidas cautelares diversas na prisão do advogado Frederico Benigno Simões, acusado de liderar uma organização criminosa que desviou R$ 240 milhões em contratos fraudulentos com 20 prefeituras do estado entre outubro de 2020 e março de 2023. As autoridades acreditam que essas medidas são suficientes para evitar a repetição dos crimes e garantir a ordem pública.

Frederico Benigno Simões foi preso em 31 de maio durante a Operação Maligno, deflagrada pelo Ministério Público de Alagoas após 14 meses de investigação. Recentemente, ele foi liberado e passou a usar uma tornozeleira eletrônica. Seus comparsas, Alisson Barbosa Freitas, Betuel Ferreira de Souza e Silvano Luiz da Costa, também foram soltos. Hianne Maria da Costa Pinto, esposa de Benigno e envolvida na organização, recebeu prisão domiciliar para não interromper a amamentação do filho de 2 anos.

A decisão de soltar os acusados foi tomada pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL). O advogado enfrenta acusações de peculato, falsidade ideológica, lavagem de capitais e organização criminosa. Anteriormente, a Justiça determinou o bloqueio e sequestro de bens dos acusados no valor de R$ 46 milhões, incluindo um Porsche comprado do ex-jogador da Seleção Brasileira de Futebol e do Barcelona, Daniel Alves.

A Operação Maligno revelou um esquema sofisticado de fraudes em contratos públicos que resultou em um prejuízo significativo para os cofres municipais. As medidas cautelares aplicadas incluem a proibição de deixar a comarca sem autorização judicial, uso de tornozeleira eletrônica e outras restrições para monitorar e evitar novas ações criminosas por parte dos acusados.

A decisão de aplicar medidas alternativas à prisão preventiva é parte de uma estratégia para assegurar que os suspeitos não voltem a cometer crimes enquanto aguardam o desfecho do processo judicial. As investigações continuam, e novas diligências podem ser realizadas para aprofundar a apuração dos fatos.