Justiça decidirá futuro do ex-prefeito de Rio Largo em novo processo por corrupção
10/02/2025 08:27 | Texto de:

Johnny Lucena | UP | Foto de: Reprodução

O ex-prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves da Silva (PP), terá seu futuro decidido pela Justiça em mais um processo envolvendo corrupção. Ele é acusado de ocultação de bens e lavagem de dinheiro, com envolvimento de empresas que, segundo as investigações, estariam vinculadas a ele.
O caso está sendo tratado em segredo de justiça e tramita sob a relatoria do desembargador Celyrio Adamastor Tenório Accioly, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL). Gilberto Gonçalves foi citado como réu após investigações conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público Estadual (MPE).
O processo foi iniciado a partir de documentos apresentados em 2024 na Notícia de Fato nº 01.2019.00001092-8, que indicam a existência de uma organização criminosa responsável por ocultar bens e lavar dinheiro por meio de uma série de empresas, possivelmente vinculadas diretamente ao ex-prefeito. Na época da denúncia, Gonçalves ainda gozava de foro privilegiado.
A defesa de Gilberto Gonçalves solicitou o acesso aos detalhes da investigação no Tribunal de Justiça de Alagoas, mas teve o pedido indeferido.
O ex-prefeito, que já enfrentou diversas prisões ao longo de sua trajetória política, foi detido em quatro ocasiões: 2007, 2010, 2014 e 2022. Em 2022, ele estava afastado do cargo de prefeito após ser citado na Operação Beco da Pecúnia, que apurou desvios de cerca de R$ 12 milhões de recursos públicos federais e municipais, relacionados ao Fundeb e ao SUS, em Rio Largo. Naquela operação, Gonçalves foi preso por tentativa de interferir nas investigações.
Atualmente, o caso da Operação Beco da Pecúnia, que ainda tramita no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), aguarda julgamento. O processo está concluso desde 29 de julho de 2024, mas não há previsão de data para o julgamento.