Justiça de Alagoas decreta prisão preventiva de suspeitos de estuprar duas adolescentes em Rio Largo
17/05/2023 00:23 | Texto de:
Audiência de custódia aconteceu na manhã desta terça-feira (16) | Foto de: Divulgação
A Justiça de Alagoas decretou a prisão preventiva do funcionário contratado da Prefeitura de Cajueiro e do jovem de 22 anos, ambos suspeitos de estuprar duas adolescentes, em abril deste ano, na cidade de Rio Largo, região metropolitana de Maceió. A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (16), quando foi realizada a audiência de custódia.
O chefe de operações da Delegacia de Rio Largo, Lopes Júnior, informou que os dois envolvidos no crime já foram transferidos para uma unidade prisional de Alagoas. "Os dois passaram por audiência de custódia ainda na manhã de hoje. Um deles confessou que manteve relações com as duas adolescentes. A Justiça transformou em preventiva a prisão temporária dos dois. Após a audiência, eles foram transferidos para o sistema prisional alagoano", explicou Júnior.
Na última segunda (15), quando foi comunicada a prisão dos suspeitos, a Polícia Civil de Alagoas informou que os dois homens são investigados por outros crimes. O jovem também responde pelos crimes de estupro e roubo, enquanto o funcionário da Prefeitura de Cajueiro, que já foi acusado de assédio de menores, responde por roubo.
O caso:
As investigações da polícia apontaram que o servidor público e um jovem de 22 anos são suspeitos de abusar sexualmente de duas adolescentes, crime que foi cometido em um motel no município de Rio Largo. Eles teriam saído de Cajueiro e foram encontrar as adolescentes na cidade de Messias, onde elas residem. Inicialmente, a conversa era de que eles iriam levá-las à praia, mas ao passarem por Rio Largo pararam em um motel, onde falaram para as vítimas que iriam apenas "tomar uma cerveja e conversar".
Ainda de acordo com os relatos, as duas meninas teriam entrado no motel com os dois indivíduos e ingerido bebidas contendo substância entorpecente, o que as impediu de esboçar qualquer tipo de reação, já que estavam desacordadas quando foram estupradas pelos suspeitos. Após o crime, os dois indivíduos levaram as adolescentes de volta para Messias, mas abandonaram elas em uma praça da cidade.
O crime cometido contra as adolescentes só foi descoberto após elas relatarem aos familiares o que tinha acontecido. Em seguida, a mãe denunciou o crime à polícia e disse em depoimento que uma das filhas estava em um sono profundo. Como ela acordou somente no dia seguinte, foi levantada a suspeita de que as adolescentes teriam sido drogadas. Por conta disso, elas precisaram ser levadas a uma unidade hospitalar de Messias, onde realizaram exames médicos.
Mesmo diante de todos os relatos e indícios do crime, inclusive gravado pelos suspeitos, o que fez com que seus celulares fossem apreendidos, o jovem negou o crime em depoimento à polícia e disse que a relação com as adolescentes foi consensual.