Johny Lucena: Campanha eleitoral vira única fonte de renda para muitos alagoanos
11/09/2024 14:34 | Texto de:
Escrito por: Johny Lucena|UP | Foto de: Reprodução
Os dados oficiais indicam um cenário promissor para o mercado de trabalho alagoano. De acordo com o CAGED, o estado registrou um aumento significativo no número de contratações no primeiro semestre de 2024. No entanto, a realidade nas ruas conta uma história diferente.
Enquanto os números oficiais celebram o crescimento do emprego, milhares de alagoanos buscam desesperadamente por qualquer oportunidade de trabalho, mesmo que precária e temporária. A campanha eleitoral, que deveria ser um momento de debate e propostas para o futuro do estado, tornou-se para muitos a única fonte de renda.
Nas ruas de cidades como União dos Palmares, é comum ver pessoas de todas as idades trabalhando como bandeirinhas, panfletistas e em outras atividades similares, expostas ao sol e à chuva, em busca de um sustento para suas famílias.
A precarização do trabalho nas campanhas eleitorais é um reflexo da desigualdade social e da falta de oportunidades em Alagoas. Enquanto um pequeno grupo concentra a maior parte da riqueza, a maioria da população luta para sobreviver.
A pergunta que fica é: onde está o emprego de qualidade que os dados oficiais prometem? Por que, mesmo com o crescimento do número de contratações, tantas pessoas ainda estão desempregadas ou trabalhando em condições precárias?
É preciso que as autoridades competentes investiguem essa aparente contradição entre os dados oficiais e a realidade vivida pela população. É fundamental que sejam adotadas medidas para gerar empregos de qualidade, reduzir a desigualdade e garantir direitos trabalhistas para todos.
