Jangadeiro que fugiu após naufrágio pode ser responsabilizado por lesão grave e omissão de socorro

27/12/2024 14:22 | Texto de:


Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução



O jangadeiro que abandonou as vítimas após o naufrágio de sua embarcação, na noite da última quinta-feira (26), na Praia de Ponta Verde, em Maceió, pode ser indiciado por lesão corporal grave e omissão de socorro. O acidente envolveu 12 pessoas, que estavam retornando das piscinas naturais quando a jangada virou após ser atingida por duas ondas grandes. A delegada Lucy Mônica, responsável pela investigação, informou que o jangadeiro pode ser responsabilizado pelos danos causados, principalmente em relação ao estado de saúde de uma das vítimas.

De acordo com a delegada, "a lesão corporal já ocorreu, e dependendo da gravidade do estado de saúde de uma das vítimas, a acusação poderá ser agravada para lesão corporal grave. Ele também pode responder por omissão de socorro, já que, no momento do acidente, ele nadou para longe enquanto deixava todos os outros na embarcação", afirmou em entrevista à TV Gazeta.

A embarcação estava com 12 ocupantes quando, durante o retorno das piscinas naturais, foi atingida por duas grandes ondas que causaram o naufrágio. Os tripulantes de uma jangada que passava pelo local conseguiram resgatar todos os ocupantes, mas equipes do Corpo de Bombeiros realizaram buscas no mar para garantir que não havia outras vítimas. Entre os resgatados, uma mulher de 25 anos sofreu um afogamento grave (de grau 3) após bater a cabeça. Ela foi atendida no local e levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o hospital, onde recebeu cuidados médicos especializados.

"Uma das vítimas segue hospitalizada e está intubada, com um afundamento craniano. Ela provavelmente será liberada dentro de 72 horas", detalhou a delegada. "Outra vítima já foi localizada, e vamos ouvi-la ainda nesta tarde", completou.

Além disso, a delegada informou que aguardava, até o final do dia, a identificação do jangadeiro por parte da Marinha. "Já enviamos um ofício, e o capitão de fragata da Marinha nos fornecerá as informações sobre os tripulantes da embarcação", explicou Lucy Mônica.