Incra e TJAL buscam soluções para famílias acampadas em terras da Usina Laginha

25/03/2025 11:08 | Texto de:


Johnny Lucena | UP | Foto de: Reprodução



A situação das famílias acampadas nas terras da usinas alagoanas pertencentes a massa falida Laginha, em União dos Palmares; Guaxuma, em Coruripe, e Uruba, em Atalaia, foi o tema central de uma reunião entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), realizada nesta segunda-feira (24 de março) em Maceió. O objetivo principal do encontro foi buscar soluções conjuntas para evitar conflitos em processos de reintegração de posse.

Estima-se que cerca de cinco mil famílias vivam nas áreas das usinas. O presidente do Incra, César Aldrighi, anunciou que os primeiros passos serão a finalização de estudos técnicos e avaliações das terras. "Quando fecharmos a avaliação de cada área, veremos as possibilidades de desapropriação, compra ou utilização de outros instrumentos", afirmou Aldrighi.

A meta é concluir um diagnóstico e propor soluções individualizadas para cada situação. Aldrighi adiantou que uma proposta preliminar deverá ser apresentada em até um mês.

O presidente do TJAL, desembargador Fábio Bittencourt, destacou a importância da reunião para buscar uma resolução pacífica para o problema: "Estamos tentando, junto com o governo federal, resolver essa problemática".

O coordenador de Direitos Humanos do Tribunal, desembargador Tutmés Airan, também presente na reunião, reforçou a necessidade de atuação conjunta entre o Incra e o TJAL. "Não há como desalojar as cinco mil famílias. A ideia é que essas terras possam ser desapropriadas pela União e que essas pessoas possam ser devidamente e dignamente assentadas."

A diretora de Obtenção de Terras do Incra, Maíra Coraci Diniz, participou da agenda e permaneceu na Superintendência Regional do Incra, em Maceió, para planejar os trabalhos técnicos nas três áreas.