IBGE: desemprego em Alagoas registra menor nível histórico no terceiro trimestre de 2024

23/11/2024 16:38 | Texto de:

Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução

A taxa de desemprego em Alagoas recuou para 7,7% no terceiro trimestre de 2024, conforme os dados da **Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua** divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o menor índice registrado no estado desde o início da série histórica, em 2012.  


Entre julho e setembro deste ano, 107 mil pessoas estavam desempregadas em Alagoas, uma redução de 6 mil em relação ao trimestre anterior, quando o número era de 113 mil. No segundo trimestre, a taxa de desocupação foi de 8,1%, que, até então, representava o menor nível já alcançado pelo estado.  


O aumento no rendimento médio do trabalhador também foi destaque. O salário médio no estado chegou a R$ 2.273, um crescimento de 6,3% em comparação ao trimestre anterior e de 11,6% em relação ao mesmo período de 2023. Além disso, Alagoas registrou a segunda maior alta no Nordeste em trabalhadores com carteira assinada, com um crescimento de 61,8%. O estado foi superado apenas pelo Rio Grande do Norte, que apresentou um aumento de 64,9%.  


William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE, explicou que a queda na taxa de desemprego pode ser atribuída ao aumento sazonal nas contratações no segundo semestre, impulsionadas pela indústria, que intensifica a produção e o estoque para atender à demanda de final de ano.  


Outro fator que contribuiu para a melhoria no mercado de trabalho alagoano foram os investimentos estratégicos do governo estadual em áreas como segurança pública, infraestrutura e turismo. Essas ações têm atraído grandes empreendimentos para a região, gerando novas oportunidades de emprego.  


Desde o início da série histórica em 2012, quando o desemprego no estado era de 11,3%, Alagoas tem mostrado avanços significativos. Durante a pandemia de Covid-19, no quarto trimestre de 2020, o estado enfrentou o pico de desemprego, com 20,4% da população desocupada, totalizando 260 mil pessoas sem trabalho. Hoje, o número de desempregados é menos da metade do registrado no período mais crítico.  


Os dados refletem uma recuperação consistente, com Alagoas alcançando o segundo trimestre consecutivo de taxas históricas de ocupação e crescimento no rendimento dos trabalhadores.