Flexeiras registra morte por meningite; Alagoas encerra 2024 com 22 casos da doença, diz Sesau
09/01/2025 10:35 | Texto de:

Johny Lucena | UP | Foto de: Reprodução

O município de Flexeiras, no interior de Alagoas, registrou recentemente um óbito causado por meningite, elevando as preocupações em relação à doença no estado. De acordo com o panorama epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Alagoas fechou o ano de 2024 com 22 casos confirmados de doença meningocócica, sendo 16 deles do tipo B e seis com sorogrupo não identificado.
O levantamento detalha ainda que, entre janeiro e dezembro de 2024, o estado registrou um total de oito mortes pela doença. Desse número, cinco ocorreram na capital, Maceió, e as demais vítimas foram nos municípios de Jequiá da Praia, Flexeiras e Satuba.
No total, a capital Maceió concentra a maior parte dos casos, com 16 das 22 ocorrências registradas, enquanto as cidades de Capela, Jequiá da Praia, Flexeiras, Satuba e Marechal Deodoro apresentam um caso cada. A divulgação dos números gerou uma discrepância entre a Sesau e a Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (SMS), que registrou um número superior de casos, refletindo uma situação potencialmente mais grave.
De acordo com a SMS, Maceió contabilizou 38 casos de meningite, com destaque para os 10 casos de meningite do tipo B, além de outros tipos, como meningite bacteriana não especificada, pneumocócica, viral, tuberculosa, fúngica, e cinco casos de doença meningocócica sem a identificação do sorogrupo. O aumento no número de ocorrências foi acompanhado de um registro de 12 óbitos, sendo cinco provocados por doença meningocócica (quatro pelo sorogrupo B).
A Secretaria de Estado da Saúde esclarece que sua contagem se limita aos casos de meningite tipo B e aos não especificados, enquanto a SMS inclui todos os tipos de meningite, o que pode explicar a diferença nos números.
No que se refere à prevenção, a vacinação contra a meningite segue sendo uma das principais medidas adotadas no estado. Em Maceió, a cobertura vacinal está em níveis positivos, com destaque para a vacina BCG, que apresenta uma taxa de 101,60%, destinada a prevenir a meningite tuberculosa. Já a vacina Pentavalente, que protege contra a meningite causada pelo Haemophilus influenzae tipo B, atinge 82,27% da população, enquanto a Pneumocócica 10-valente, que combate infecções pneumocócicas, tem uma cobertura de 89,29%.
As autoridades de saúde recomendam que os pais e responsáveis busquem a imunização de crianças e adolescentes, visto que as vacinas são essenciais na luta contra as formas mais graves da meningite. Além disso, destacam a importância de medidas de higiene e de prevenção ao contágio para evitar a disseminação da doença.