Ex-funcionário da reforma da Ponte Divaldo Suruagy denuncia falta de EPIs e relata acidente semelhante ao de trabalhador desaparecido
14/08/2024 10:28 | Texto de:
Escrito por: Johny Lucena|UP | Foto de: Reprodução
Um homem que trabalhou na reforma da Ponte Divaldo Suruagy, onde o trabalhador Eraldo Rodrigues caiu da estrutura e segue desaparecido, revelou em entrevista que o local não possuía Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados.
O ex-funcionário, que preferiu não se identificar, também relatou ter sofrido um acidente quase idêntico ao de Eraldo, o que levantou sérias questões sobre a segurança nas obras da ponte.
Durante a entrevista, o ex-trabalhador contou que quase caiu na Lagoa Mundaú ao pisar em uma tábua que se quebrou. “Eu sofri um acidente exatamente igual a ele. Pisei em uma das tábuas, ela quebrou e eu caí. Só não cheguei lá embaixo porque os companheiros me seguraram e me puxaram”, relatou.
Ele também denunciou a falta de EPIs no local. “No meu caso e dos trabalhadores do meu lado não tinha EPI. Uma pessoa que trabalha em uma altura dessa tem que estar com o EPI amarrado e o macacão. Só depois do meu acidente que foi colocado um macacão para o pessoal”, afirmou.
Segundo o ex-funcionário, a empresa o contratou para uma função específica, mas o deslocou para outra sem fornecer treinamento adequado ou repassar técnicas de segurança.
Em resposta às denúncias, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) emitiu uma nota afirmando que a obra seguia todas as normas de segurança. O DER destacou que a obra era fiscalizada diariamente e que todas as normas de segurança, incluindo a disponibilização e o uso de EPIs, eram cumpridas pela construtora responsável.