Estudantes da Ufal protestam contra possível entrada da PM no campus e cobram respostas da reitoria

04/02/2025 10:28 | Texto de:


Johnny Lucena | UP | Foto de: Reprodução



Na noite desta segunda-feira (3), estudantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) realizaram um protesto no campus A. C. Simões, em Maceió, contra a possível entrada da Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) no local e a falta de informações por parte da reitoria da universidade. A manifestação ocorreu após a repercussão de um suposto caso de ameaças, tráfico de drogas e violência que tem afetado o funcionamento do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA).

Apesar de a Ufal não ter confirmado oficialmente a presença da PM no campus, os estudantes se mobilizaram para expressar suas preocupações. Dezenas de manifestantes entraram no restaurante universitário carregando cartazes e gritando palavras de ordem. Entre as frases estampadas nos cartazes estavam: "Vocês preferem dar ouvido às nossas vozes, ou preferem perpetuar o silêncio dos reitores?", "A reitoria não se importa com o ICHCA" e "Polícia Militar é diferente de segurança".

O protesto foi motivado por relatos de ameaças de facções criminosas a técnicos e profissionais do ICHCA, o que levou as coordenações de cinco cursos a suspenderem as aulas presenciais no departamento acadêmico. O instituto está temporariamente fechado até que o Conselho Superior Universitário (Consuni) tome uma decisão formal sobre o caso. A reunião do Consuni está marcada para esta terça-feira (4), quando será discutida a situação e definidas as medidas a serem adotadas.

Os estudantes e professores cobram transparência e ações efetivas da reitoria para garantir a segurança no campus, mas rejeitam a possibilidade de policiamento militar dentro da universidade. Eles argumentam que a presença da PM pode gerar um clima de tensão e repressão, em vez de resolver os problemas de segurança.