Ellison Revela que rompimento se deu por ele não aceitar ser um “fantoche” de Vânia do Passo de Camaragibe

27/11/2024 16:20 | Texto de:


Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução



O prefeito de Passo de Camaragibe, Ellisson Santos (Republicanos), detalhou, pela primeira vez, os motivos que levaram ao seu rompimento político com a ex-prefeita Vânia do Passo. Em uma entrevista concedida ao canal de comunicação Rede Antena 7, nesta quarta-feira (27), Ellisson afirmou que a razão do divórcio político foi sua recusa em ser "um fantoche" nas mãos de Vânia, que, segundo ele, tentava manter o controle da cidade enquanto ele ocupava o cargo de prefeito.

Ellisson, que foi motorista de Vânia antes de ingressar na política, explicou que sua candidatura à Prefeitura em 2020 foi baseada em um acordo com a ex-gestora. A condição era clara: Ellisson aceitaria disputar as eleições com a promessa de que seria o verdadeiro administrador do município, tendo liberdade para gerir a cidade. No entanto, o que aconteceu depois da vitória nas urnas não foi o que ele esperava.

De acordo com o prefeito, Vânia do Passo inicialmente concordou com a divisão de responsabilidades, mas, após a posse, tomou o controle de 10 secretarias municipais, deixando apenas a Secretaria de Educação sob a gestão de Ellisson. Ele revelou que, aos poucos, percebeu que Vânia queria continuar controlando a máquina pública, enquanto ele assumiria um papel simbólico, sem poder real sobre a administração municipal.

O ponto de ruptura aconteceu após quatro meses de uma gestão onde, apesar de oficialmente ser o prefeito, Ellisson sentia que não tinha autonomia para governar. Após diversas conversas com o deputado estadual Antônio Albuquerque (Republicanos), o prefeito decidiu tomar as rédeas da cidade e romper com Vânia, rompendo um ciclo de dependência política.

Em relação às acusações de traição feitas por Vânia, Ellisson respondeu de forma firme: "Fui chamado para ser cabeça, não cauda", reafirmando que cumpriu os acordos feitos no início da gestão, mas não aceitaria ser manipulado politicamente.