Disputa acirrada: Ronaldo Medeiros desafia grupo de Paulão pela presidência do PT em Alagoas
30/10/2024 08:37 | Texto de:
Escrito por: Johny Lucena|UP | Foto de: Reprodução
O deputado estadual Ronaldo Medeiros é apontado como o principal nome para presidir o PT de Alagoas, em uma candidatura que vem sendo tratada como definitiva por seu grupo político. A decisão abre um embate direto com o atual presidente estadual da sigla, o deputado federal Paulão, que comanda o partido há anos e mantém aliados em importantes secretarias do governo Paulo Dantas (MDB).
A oposição a Paulão dentro do PT se intensificou com críticas à sua gestão, considerada pouco inclusiva. Segundo opositores, o parlamentar não teria consultado as lideranças partidárias sobre sua intenção de disputar uma vaga no Senado em 2026, além de decidir sozinho sobre a destinação de emendas parlamentares. Em Rio Largo, por exemplo, o direcionamento de emendas para o prefeito Gilberto Gonçalves (PP) foi visto como uma medida tomada sem diálogo com o partido.
“Enquanto os dirigentes atuais só se preocupam em fortalecer o nome de Paulão, o crescimento dos diretórios municipais e a organização para as eleições locais são deixados de lado”, afirmou uma fonte ligada ao grupo de Medeiros. A crítica também se estende às secretarias estaduais de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e da Mulher e Direitos Humanos (Semudh), que, segundo membros do partido, não têm promovido o apoio necessário aos filiados no interior.
Com uma base consolidada na Resistência Socialista, tendência que apoia sua candidatura, Ronaldo Medeiros já vem costurando alianças estratégicas em Alagoas e articulando apoio junto à Executiva Nacional do PT. Em resposta, o grupo de Paulão prepara Dafne Orion, presidente do Sindicato dos Urbanitários, para concorrer à presidência do partido e manter a influência do atual presidente.
A eleição, prevista para ocorrer entre junho e julho de 2025, promete ser uma das mais disputadas e decisivas para o futuro do PT alagoano, com impacto no cenário político local e estadual. A expectativa é de uma disputa marcada pela avaliação das gestões passadas e pelo planejamento de novas estratégias eleitorais.
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