Demissões em massa de vigilantes geram protesto contra o governador Paulo Dantas

07/02/2024 12:24 | Texto de:


Protesto contra o governador Paulo Dantas | Foto de: Reprodução



Na terça-feira (6), a entrada da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas foi o cenário de um protesto organizado pelo Sindicato dos Vigilantes. Diversos profissionais se reuniram para manifestar sua indignação diante da decisão do governador Paulo Dantas de demitir em massa 600 profissionais da categoria.

Os manifestantes carregavam faixas com mensagens como "Governador Paulo Dantas demite 600 vigilantes e deixa unidades de saúde desprotegidas" e "Governador Paulo Dantas deixa 600 vigilantes desempregados", expressando sua demanda pela imediata reintegração dos trabalhadores dispensados.

José Cícero Ferreira, presidente do sindicato, ressaltou o histórico de desvalorização da categoria durante o mandato do governador. "Ao longo do tempo, ele vem retirando os vigilantes dos hospitais. Cerca de um ano atrás, foram 600 demissões, e agora estão sendo retirados os vigilantes do HGE e do HE de Arapiraca", lamentou.

Sandro, um dos manifestantes, denuncia que a ausência dos vigilantes coloca em risco a segurança de profissionais da saúde e pacientes. Ele critica a prática de "cabide de empregos" no governo, que substitui profissionais experientes por pessoas sem qualificação.

A demissão de mais de 680 vigilantes em todo o estado, confirmada pelo presidente do sindicato como o pior momento para a categoria na gestão atual, gera graves preocupações. A equipe de gerenciamento de crise já esteve presente, e os vigilantes aguardam a intervenção do Ministério Público para formalizar uma denúncia contra o governo.

A decisão da Secretaria de Estado da Saúde, comunicada à empresa prestadora de serviços, levanta sérios questionamentos sobre a segurança nas unidades de saúde. Relatos de médicos agredidos em UPAs devido à falta de segurança já são alarmantes e sinalizam para uma possível crise na saúde pública em todo o estado.

Com a segurança comprometida, a população alagoana fica exposta a riscos inaceitáveis. É urgente que o governo reveja sua decisão e garanta a segurança de todos que frequentam as unidades de saúde.