Criança de 6 Anos Espera Por Cirurgia no HGE de Maceió Desde Dezembro por Falta de Material Hospitalar
04/01/2025 14:36 | Texto de:

Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução

Pedro Gabriel dos Santos Jesus, uma criança de 6 anos, está há quase um mês aguardando por uma cirurgia no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, após sofrer uma fratura no fêmur. O acidente aconteceu no dia 17 de dezembro, em Penedo, Alagoas, quando ele caiu de bicicleta. Desde então, o menino tem enfrentado longas semanas de espera pela operação, que até o momento não foi realizada devido à falta de materiais médicos essenciais.
De acordo com a mãe de Pedro, Alana dos Santos, o menino foi inicialmente atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Penedo, onde a fratura foi diagnosticada. Após o primeiro atendimento, ele foi transferido para o Hospital Regional do município, onde exames de raio-x e tomografia revelaram não apenas a fratura, mas também a presença de um cisto benigno no fêmur.
No dia 20 de dezembro, Pedro foi transferido para o HGE, onde os médicos informaram que ele precisaria passar por duas cirurgias. No entanto, a equipe médica revelou que apenas a Santa Casa de Maceió tinha os profissionais especializados para realizar os procedimentos necessários. Mesmo com essa informação, Pedro segue internado no HGE devido à falta de materiais cirúrgicos, o que tem impedido a realização da operação.
A mãe de Pedro explicou que, diante da situação, foi iniciado um processo junto ao governo de Alagoas para a compra dos itens necessários à cirurgia, mas até o momento não há previsão de quando o procedimento será feito. Alana relata que, enquanto aguarda por uma solução, o estado de saúde do filho tem se agravado. Pedro sente dores constantes e enfrenta dificuldades para se alimentar e até para defecar.
A família tem pressionado médicos e assistentes sociais do HGE em busca de respostas, mas, segundo Alana, a única informação que têm recebido é que “precisam esperar”. O caso tem gerado indignação, especialmente considerando a longa espera e as condições de sofrimento enfrentadas pela criança. A situação levanta questões sobre a gestão dos recursos de saúde no estado e a grave insuficiência de materiais essenciais para os atendimentos médicos.