CPI do MST investiga o financiamento do Governo de Alagoas nas ações do movimento

01/09/2023 16:37 | Texto de:


MST | Foto de: Ilustrativa



A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Câmara dos Deputados para investigar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) está agora direcionando sua atenção ao Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), uma autarquia do Governo de Alagoas.

O atual presidente do Iteral, Jaime Silva, ex-prefeito de Jacaré dos Homens, também será convocado para depor diante da comissão.

O foco da investigação recai sobre a descoberta de documentos feita pelos membros da CPI durante sua visita a Alagoas no mês de agosto. Os documentos revelaram informações detalhadas sobre o financiamento do Iteral para ações do MST, levantando questões sobre a natureza e a legalidade desses financiamentos.

Entre os itens listados nos documentos estão a compra de lonas para tendas em praças públicas e pagamentos a empresas de transporte para o transporte de manifestantes dos assentamentos do MST em direção a Maceió.

Durante a visita, Jaime Silva foi confrontado com essas informações, porém, não conseguiu justificar os pagamentos e solicitou a consulta a seu advogado, criando um clima de mistério em torno das atividades do Iteral.

O requerimento para investigar o Iteral foi apresentado pelo deputado federal Fábio Costa (PP) e aprovado por uma estreita margem de 14 votos a favor e 12 contra na CPI. A comissão tem enfrentado tensões entre governistas e oposicionistas em seu controle, tornando essa investigação uma questão política delicada.

Em resposta às acusações, a assessoria de comunicação do Governo de Alagoas emitiu uma nota declarando que o "Governo está tranquilo em relação ao depoimento a ser concedido à CPI pelo presidente do Iteral/AL e não concorda com a tentativa de criminalizar os movimentos sociais".