Contra Paulo Dantas, professores e estudantes da rede estadual decretam greve novamente

08/08/2023 14:14 | Texto de:


SINTEAL | Foto de: Reprodução



Em um momento crucial para a educação do estado de Alagoas, os trabalhadores da área estão se mobilizando em uma greve que visa reivindicar valorização, respeito e um reajuste salarial condizente com suas responsabilidades e dedicação à formação das futuras gerações.

Após meses de negociação e tentativas de diálogo com o governo estadual, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) anunciou a paralisação das atividades nos dias 10, 11 e 14 de agosto, em busca de conquistas concretas.

A principal demanda dos manifestantes é a atualização do piso salarial, com um reajuste de 14,95%, em conformidade com o piso nacional da categoria. No entanto, o governador Paulo Dantas, ofereceu apenas 3% de aumento, o que gerou insatisfação generalizada entre os trabalhadores da educação. A disparidade entre a proposta do governo e as necessidades reais dos profissionais tem sido um dos pontos centrais de tensionamento nas negociações.

Os educadores ressaltam que a importância de sua função vai muito além da sala de aula. Muitas vezes, eles precisam desempenhar papéis de psicólogos, assistentes sociais, pais e mães para os estudantes. Além disso, são responsáveis pela segurança dos alunos e enfrentam uma série de desafios administrativos, como a gestão de sistemas educacionais e a manutenção da documentação escolar.

A sobrecarga de trabalho é intensificada pelas exigências do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), pelas trilhas formativas e disciplinas eletivas. Apesar dessas responsabilidades e desafios, a categoria se sente desvalorizada e negligenciada pelo governo estadual.

A greve prevista para os dias 10, 11 e 14 de agosto visa pressionar o governador Paulo Dantas a cumprir sua promessa de valorizar a educação e os profissionais que a tornam possível. Os trabalhadores da educação esperam que a paralisação seja um ponto de inflexão nas negociações, levando a um acordo que atenda às suas demandas e reconheça a importância vital de seu trabalho para o futuro do estado.

A categoria aguarda para ver como o governo irá responder a essa mobilização e se comprometerá a melhorar as condições salariais e de trabalho dos profissionais da educação em Alagoas.