Catamarã que naufragou em Maragogi operava ilegalmente, afirma Prefeitura

13/12/2024 18:35 | Texto de:


Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução



A Prefeitura de Maragogi revelou que a embarcação que naufragou na Praia de Barra Grande, na manhã desta sexta-feira (13), não possuía a devida autorização para operar como transporte turístico na região. O catamarã, que levava 47 passageiros, não estava registrado no Cadastro Único Digital de Prestadores de Serviços de Turismo, exigido para passeios náuticos no município.

O acidente resultou na morte de Silvio Bispo Romão, um turista de 76 anos, natural de São Paulo, que estava hospedado em um resort em Porto de Galinhas (PE). Segundo a Secretaria Municipal de Turismo, a embarcação envolvida no naufrágio não estava devidamente registrada, o que é um requisito obrigatório para garantir a segurança dos turistas.

Diego Vasconcelos, secretário de Turismo de Maragogi, explicou que o Cadastro Único Digital foi instituído para garantir que todos os operadores de passeios náuticos na cidade formalizem seus serviços junto ao município. O prazo para esse registro expirou no ano passado. O cadastro exige a apresentação de documentos que comprovem a habilitação dos operadores, a realização das vistorias da Marinha e a regularidade da embarcação.

O secretário esclareceu que, embora o proprietário do catamarã seja autorizado a realizar passeios e possua outras embarcações registradas, o catamarã que afundou estava operando sem o registro obrigatório. A Prefeitura, por sua vez, tomou as providências de emergência, com os passageiros resgatados sendo encaminhados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Maragogi.

A Polícia Civil também esteve no local do acidente e deve iniciar as investigações para apurar as causas do naufrágio. A Prefeitura acionou seu Comitê de Crise, que acompanha a situação de perto.