Brasil registra primeiro caso da nova cepa 1b de mpox, confirma Ministério da Saúde
08/03/2025 19:25 | Texto de:

Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução

O Brasil confirmou nesta semana o primeiro caso da nova cepa 1b do vírus mpox, também conhecido como varíola dos macacos. A paciente é uma mulher de 29 anos, residente na região metropolitana de São Paulo, que teve contato com um familiar vindo da República Democrática do Congo, país que está enfrentando um surto da doença.O Ministério da Saúde informou que a infecção foi confirmada após análise laboratorial e sequenciamento genético, que revelou um agente infeccioso com características semelhantes às encontradas em outros países. O ministério ainda destacou que, até o momento, não foram identificados casos secundários relacionados à paciente, e que a vigilância municipal segue monitorando possíveis contatos.Em nota oficial, a pasta também informou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi comunicada sobre o caso. Além disso, foi solicitado o reforço na vigilância epidemiológica pelas secretarias de saúde estaduais e municipais, com o objetivo de rastrear ativamente pessoas que possam ter tido contato com a paciente.Em resposta ao decreto da OMS sobre a emergência em saúde pública internacional em agosto de 2024, o Ministério da Saúde criou o Centro de Operações de Emergências (COE), que permanece ativo para coordenar ações contra a mpox. Este centro tem como missão centralizar as iniciativas para o controle da doença no Brasil.Em 2024, o Brasil registrou 2.052 casos de mpox, sendo 115 casos da cepa 1, mas este é o primeiro caso da cepa 1b no país. Desde o início do surto, nenhum óbito relacionado à doença foi identificado, e a maioria dos pacientes apresenta sintomas leves a moderados.A mpox é causada pelo vírus Monkeypox e pode ser transmitida por contato direto com fluidos corporais ou através de objetos contaminados por pacientes infectados. O vírus também pode ser transmitido de animais para humanos, especialmente em áreas onde há circulação do vírus entre animais selvagens.Os sintomas mais comuns incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, e uma erupção cutânea característica, com bolhas ou feridas que podem durar de duas a quatro semanas. A doença pode afetar diversas partes do corpo, incluindo face, palmas das mãos, pés, genitais e ânus. Alguns pacientes podem também desenvolver inflamação nas regiões genitais ou anais, o que pode causar dor intensa e dificuldade para urinar.Considerada endêmica na África Central e Ocidental desde a década de 1970, a mpox teve um aumento de casos em várias partes do mundo desde 2022. Em 2024, a cepa 1b foi detectada em diversos países, incluindo os Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Canadá, entre outros. A situação continua sendo monitorada globalmente pelas autoridades de saúde.
O Brasil segue atento à evolução do surto, com o reforço de medidas de vigilância e controle para prevenir a propagação da doença.