Ataques cibernéticos podem deixar 500 mil usuários sem internet em Alagoas, alerta associação

17/12/2024 19:40 | Texto de:


Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução/ Secom AL



Mais de 500 mil pessoas em Alagoas estão sob risco de perder a conexão à internet devido a ataques cibernéticos em massa contra provedores locais. O alerta foi feito pela Associação dos Provedores de Internet do Estado de Alagoas (Aspeal) durante uma audiência com o delegado de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil de Alagoas, Sidney Tenório.  


Os provedores relataram que vêm sendo alvos frequentes de ataques do tipo DDoS (Distributed Denial of Service), uma prática que sobrecarrega servidores e redes com tráfego malicioso, tornando os serviços inacessíveis. De acordo com a Aspeal, cerca de 70 pequenas e médias empresas de internet no estado estão sendo atingidas, afetando diretamente os serviços prestados a milhares de usuários.  


Somente na última semana, os ataques comprometeram a conexão de aproximadamente 100 mil residências, impactando mais de 500 mil pessoas. "Se considerarmos que cada residência tem, em média, quatro moradores, os números são alarmantes. Esses ataques podem deixar metade de um milhão de alagoanos sem internet nos próximos dias", afirmou Ângelo Rosa, presidente da Aspeal.  


No último fim de semana, cerca de 20 empresas enfrentaram longas interrupções em seus serviços devido a ataques que duraram horas e, em alguns casos, dias. Carlos André, proprietário da Virtual Net e membro da Aspeal, destacou que "mais de 200 mil pessoas foram prejudicadas no estado apenas nesse período."  


Henrique Andrade, associado à Aspeal, ressaltou que a situação é inédita em termos de proporção. "Anteriormente, um ou outro provedor era alvo. Agora, os ataques atingem simultaneamente 70 empresas, o que sobrecarrega qualquer sistema de contenção e afeta nossa credibilidade com os clientes", explicou. Ele também destacou que a continuidade desses ataques pode dificultar a entrada de novas empresas do setor em Alagoas.  


A Polícia Civil está investigando os casos, enquanto a Aspeal busca soluções conjuntas para minimizar os impactos e proteger os provedores locais, que desempenham papel crucial na conexão de milhares de alagoanos à internet.