Aluno afirma que "índio tem que tirar tanga" e deve "estudar nossa língua"

21/08/2023 16:17 | Texto de:


Estudante | Foto de: Reprodução



Um incidente de cunho racista causou indignação nas redes sociais e gerou respostas firmes por parte das instituições acadêmicas envolvidas. Circula nas mídias digitais um vídeo em que um estudante de filosofia da PUC-Campinas, identificado como Washington de Oliveira Vieira, protagoniza uma série de declarações preconceituosas durante uma palestra do Grupo de Estudos de Filosofia Indígena no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

No vídeo, capturado no último sábado (19/8), o aluno expressa opiniões carregadas de racismo e ignorância. Ele faz comentários depreciativos sobre os povos indígenas, afirmando que "o índio tem que tirar aquela tanga" e menosprezando suas línguas e culturas. O estudante chega ao ponto de afirmar a suposta superioridade do "homem ocidental", relacionando-a com a criação de tecnologias e conquistas como a bomba nuclear.

A cena perturbadora foi interrompida por outro participante, que repreendeu as declarações de Washington, afirmando que suas palavras eram violentas. As ofensas do aluno geraram imediato repúdio nas redes sociais, com muitos compartilhando o vídeo e expressando indignação perante a atitude racista e desrespeitosa.

As instituições de ensino envolvidas, Unicamp e PUC-Campinas, emitiram comunicados oficiais em resposta ao incidente. A Unicamp afirmou que tomará as "ações cabíveis junto às representações dos/as estudantes indígenas e as demais instâncias responsáveis", demonstrando apoio aos estudantes e repudiando veementemente as declarações de Washington.

A universidade considera que as declarações do aluno demonstram preconceito, ignorância e promovem a violência contra os povos indígenas, configurando um crime de racismo.

Por sua vez, a PUC-Campinas condenou a atitude do estudante e ressaltou que suas ações contradizem a missão e valores da instituição. A universidade reforçou seu compromisso com uma sociedade justa e fraterna, destacando o respeito às diferentes origens e culturas que compõem o Brasil.