Alagoas se destaca nacionalmente em remição de pena por leitura, ocupando o segundo lugar

19/12/2024 20:10 | Texto de:


Escrito por Arthur Vieira/ UP | Foto de: Reprodução



Alagoas é agora o segundo estado do Brasil em pedidos de remição de pena por meio da leitura, segundo dados divulgados pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça. O levantamento, referente ao primeiro semestre de 2024, revela o avanço do estado nas políticas de educação dentro do sistema penitenciário, um reflexo dos investimentos realizados pelo Governo Estadual e pela Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris).

Com esse crescimento, Alagoas saltou da quinta para a segunda posição no ranking nacional, superando estados tradicionalmente fortes em educação prisional, como Ceará e Maranhão. O Amazonas segue na liderança com um índice de 342,22%, enquanto Alagoas alcançou 331,31%. O destaque alagoano também é notável no contexto de erradicação do analfabetismo no Presídio Feminino Santa Luzia, em Maceió, um exemplo do impacto positivo das políticas de ressocialização implementadas no estado.

Em 2024, entre os estados com maior desempenho no incentivo à leitura como ferramenta de remição de pena, além de Alagoas, estão Maranhão, Rondônia e Ceará. Segundo a Senappen, os detentos podem realizar até 12 submissões de livros por ano, o que pode resultar na redução de até 48 dias de pena, caso o progresso na leitura seja validado por comissões formadas por servidores e voluntários.

Rodrigo Dias, coordenador nacional de Educação, Cultura, Esporte e Lazer da Senappen, destacou o avanço do estado e se mostrou otimista com os resultados para o segundo semestre de 2024. "É incrível o que vocês têm feito. Quando contabilizarmos os dados deste ano, podemos ter surpresas", afirmou.

O secretário da Seris, Diogo Teixeira, também celebrou os números, reforçando a importância dos investimentos em educação para a segurança pública. “Sabemos que investir em educação é investir em segurança para todos os alagoanos, refletindo positivamente dentro e fora dos presídios”, concluiu.